quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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a gente vai perdendo a leveza, perde o pudor, perde o receio de compulsivamente falar palavrões perto "daquele" cara. chego a pensar que armamos uma armadilha atrás da outra, por culpa dessa preguiça de conhecer alguém mais a fundo. eu penso em tudo o que não posso fazer e o que eu faço? tudo ao contrário, claro. ás vezes chego a pensar que perco a referência de quem eu realmente sou, tudo pra provar pra mim mesma um monte de teorias sobre o sexo oposto.. dificilmente erro, aliás.

e a gente ainda diz que não tem medo. culpamos a circunstância, o atual, o ex, a nossa exigência. culpamos o menino que nos roubou um beijo aos 15 anos, culpamos o cara que nunca conseguimos amar. a gente cisma em dizer que o problema é qualquer outro, mas nunca, por nenhum segundo, medo.

fato é que eu estou me BORRANDO. toda vez em que te encontro, eu faço tudo errado, meto os pés pelas mãos. derrubo cerveja no teu carpete novo, eu levo um tombo antes de entrar no teu carro, dou uma cotovelada no teu supercílio tentando carinhosamente abraçá-lo. gaguejo e pra confiar em mim eu bebo 3 vezes mais do que deveria. quem sabe assim eu não precise falar mais nada, quem sabe assim eu tenha uma desculpa plausível pelo tombo, pelo soco, pelo carpete. por ser desagradável também, na manhã seguinte eu não me culpo, culpo a vodka. absolutamente tudo para que você me veja desengonçada como eu realmente sou, tudo na tentativa de não ter sequer tempo de começar a realmente me importar contigo.

meu problema é saber demais, é reconhecer cada um dos teus sinais, por mais sutis que sejam ou que você ache que sejam. meu problema é um dia te escutar dizendo uma coisa, enquanto leio todo o teu rosto me dizendo outra.

ponto pra você, e pela leve arritmia que me causa… ás vezes.. quase sempre!

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